sexta-feira, 1 de julho de 2011

Desenvolvimento Cognitivo

Segundo Piaget, a inteligência precede o pensamento, desenvolvendo-se por etapas progressivas que exigem processos de adaptação ao meio.
Deste modo, o desenvolvimento pressupõe a maturação do organismo, bem como a influência do meio físico e social.
Os estudos científicos realizados por Piaget vieram demonstrar que o desenvolvimento intelectual da criança passa por estádios que se caracterizam pelo aparecimento de novas estruturas e representam formas de equilíbrio cada vez mais estáveis. O desenvolvimento dá-se por degraus sucessivos, por estádios e por períodos, tendo Piaget distinguido quatro grandes períodos neste desenvolvimento.

i.        Estádio sensório-motor (vai do nascimento até cerca dos 18 meses/2 anos e precede a linguagem);
                  ii.        Estádio pré-operatório (começa com a linguagem e vai até aos 6/7 anos);
                 iii.        Estádio das operações concretas (que vai dos 6/7 anos até aos 12 anos);
                 iv.        Estádio das operações formais (que surge por volta dos 12 anos).
  
A assimilação, acomodação e equilíbrio

A assimilação é o processo cognitivo pelo qual a pessoa integra um novo dado perceptual, motor ou conceptual nas estruturas cognitivas prévias. Ou seja, quando a criança tem novas experiências, ela tenta adaptar esses novos estímulos às estruturas cognitivas que já possui.
            A acomodação acontece quando a criança não consegue assimilar um novo estímulo, ou seja, não existe uma estrutura cognitiva que assimile a nova informação em função das particularidades desse novo estímulo. Diante deste impasse, restam apenas duas saídas: criar um novo esquema ou modificar um esquema existente. Ambas as acções resultam numa mudança da estrutura cognitiva. Ocorrida a acomodação, a criança pode tentar assimilar o estímulo novamente, e uma vez modificada a estrutura cognitiva, o estímulo é prontamente assimilado.

A teoria do equilíbrio

Segundo Piaget, a teoria do equilíbrio, de uma maneira geral, trata de um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação e, assim, é considerada como um mecanismo auto-regulador, necessário para assegurar à criança uma interacção eficiente com o meio ambiente.
3 formas de equilíbrio:

·         Em função da interacção fundamental de início entre sujeito e objectos;
·         Uma forma de equilíbrio que assegura as interacções entre os esquemas;
·         Assegura a interacção entre os esquemas e a totalidade.

1 comentário:

  1. Para compreender o desenvolvimento do conhecimento, devemos começar com uma ideia que parece central para nós — a ideia de uma operação. O conhecimento não é uma cópia da realidade. Para conhecer um objecto, para conhecer um acontecimento não é simplesmente olhar e fazer uma cópia mental, ou imagem, do mesmo. Para conhecer um objecto é necessário agir sobre ele. Conhecer é modificar, transformar o objecto, e compreender o processo dessa transformação e, consequentemente, compreender o modo como o objecto é construído. Uma operação é, assim, a essência do conhecimento. É uma acção interiorizada que modifica o objecto do conhecimento. Por exemplo, uma operação consistiria na reunião de objectos em uma classe, para construir uma classificação. Ou uma operação consistiria na ordenação ou colocação de coisas em uma série. Ou uma operação consistiria em contagem ou mensuração. Em outras palavras, é um grupo de acções modificando o objecto, e possibilitando ao sujeito do conhecimento alcançar as estruturas da transformação.

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